segunda-feira, 24 de novembro de 2008
x O sentido da vida.$BlogItemTitle$>
Não importa como você a olha, a vida é estranha. Muito estranha.
Por exemplo: é um fato inquestionável que somos todos feitos exatamente da mesma substância das formas de vida mais inteligentes, criativas e magníficas do Universo. Além disso, somos feitos da mesma matéria atômica das maiores montanhas do nosso planeta e das estrelas mais brilhantes da nossa galáxia.
É claro que isso também vale para batatas, lesmas e suflê de chuchu - o que talvez explique por que tantas coisas na vida não fazem sentido.
Para começar, por que nos impressionamos e ficamos tão obcecados com coisas e feitos de grandes dimensões, quando na verdade são as coisas pequenininhas que, combinadas, tornam as grandes coisas possíveis?
Por que tentamos criar nossos próprios mundinhos para ter a ilusão de que controlamos completamente nossa existência, quando sabemos que não controlamos?
Por que afirmamos a toda hora que a individualidade é a essência da nossa maneira de ser, e depois aceitamos um grau degradante de conformismo em quase todos os aspectos das nossas vidas?
Por que as crianças acreditam em fadas e 'gente grande' não?
E porque nos grilamos tanto com as nossas discordâncias, quando de fato são as nossas diferenças que tornam a vida interessante?
Afinal, se metade do mundo está sempre de cabeça para baixo, seria impossível todos concordarem sobre tudo. Mesmo algo tão básico e profundo quanto 'não mastigue com a boca aberta' é uma regra menos universal do que você poderia imaginar.
Por que quando as paixões se inflamam a gente opta por discutir e brigas, quando dançar um cha-cha-cha é muito menos estressante, muito mais agradável e alivia a tensão do mesmo jeito?
Por que gostamos de sentir que somos membros de uma espécie, e ao mesmo tempo construímos tantas barreiras defensivas em torno dos nossos sentimentos que nunca conseguimos ser realmente próximos de alguém?
Talvez a confusão exista porque a vida nem sempre é o que parece. Como espécie, somos obcecados pela aparência.
Usamos filtros para só ver o que queremos ver. Quando finalmente abrimos os olhos, podemos nos chocar com o modo obscuro com que olhávamos o mundo de acordo com nossos planos mesquinhos.
Sem os filtros, você pode olhar com mais clareza para você mesmo e fazer perguntas objetivas sobre o Universo e o seu lugar nele. Em outras palavras, investigar o sentido da vida.
Afinal, do que se trata, a vida? Bem, já se ouviu muito que a vida é uma viagem. Mas uma viagem para onde, exatamente?
Há quem diga que o sentido da vida é adquirir sabedoria. Se isso é verdade, por que os sábios costumam a se vestir tão mal?
Outros dizem que a vida não tem sentido. Que a vida apenas 'é'. Coisa profunda!
E há os que dizem que só estamos no mundo para ter uma família. Afinal, a necessidade de deixar descendentes em seu lugar está no mapa genético de todo ser vivo.
No entanto, isto significa que toda a nossa existência é determinada pelo impulso sexual. Tudo bem, um fim de semana prolongado pode ser, mas toda a nossa existência? Sei não.
O único tema que ressoa em todas as muitas teorias populares sobre a vida é o amor. O amor, em todas as suas frágeis formas, é a força poderosa e duradoura que dá sentido real a todas as nossas vidas.
Claro que não estou falando do amor romântico, embora este também seja uma força poderosa. É sabido que um coração dói muito mais do que suco de limão num corte no dedo feito com papel.
Mas o amor que me refiro é o fogo que queima dentro de cada um, o calor interno que impede que a nossa alma de congelar nos invernos de desesperança. É o amor da vida em si.
É a voz que diz: 'Celebre a vida, seja criativo!' E traz paixão e a compreensão de que, se há coisas pelas quais vale a pena morrer, há muito mais coisas pelas quais viver.
22:06